Realmente, pensando bem qualquer surfista que sinta o sal na pele de forma regular, conhece minimamente o seu "quintal de casa"... como funciona, as condições que têm conforme a direcção do swell, do vento, da época do ano. Com mais ou menos detalhe, sabe onde dar aquele push extra para ganhar velocidade, onde atrasar para viver a experiência intensa de um tubo, onde brincar, curtir.
Mas na verdade... não há duas ondas exactamente iguais, e na hora de "entrar com tudo", na hora do "vamos ver", na hora do drop, o compromisso assume proporções inimagináveis, o pulso dispara, o sangue acelera, a pressão arterial sobe e a adrenalina dispara...
Não há duas ondas iguais e naquele décimo de segundo em que o pé desliza no deck e se assume a posição de stand up, a decisão já deverá estar tomada... esta é a diferença entre um grande onda e um enorme wipe out... a decisão... não costumo vacilar no momento, mas há ondas na vida que quando entram na baía e as vislumbramos a crescer para nós, nos fazem temer a decisão... viro-me e "vamos ver" ou não me viro e "remo para fora"...
Estou neste momento na zona de impacto, o swell está a crescer... e as primeiras linhas batem no pontão da entrada da baía... então?... "vamos ver"? Ou "remo para fora"?... ainda não decidi, mas a linha cresce na minha direcção e este pode ser pode ser o momento entre uma grande onda e um grande wipe out...
Aquele Abraço - 70s
2 comentários:
Então a parte II?
Já tiveste oportunidade para contar se correu bem ou não.
Surfaste? Onda para a Vida?...
MTChung
Não é essa Onda...! Essa onda é surf coca-cola... daquele para manobrar e curtir...
O surf de que falo neste post é bem mais Invernal e poderoso! E ainda não decidi se remo para fora ou não.. a parte II virá depois...
Aquele Abraço... o clássico
70s
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