
Nestes dias... em que Aveiro se tornou a "minha casa"... nestes dias de trabalho duro... de noites perdidas ou mal perdidas... de sonos curtos e inconsistentes... nestes dias em que o cheiro nauseabundo da ria entra pela porta... nestes dias em que os ovos moles estão presentes do pequeno-almoço ao jantar... nestes dias em que se sente a dureza da injustiça... nestes dias... em que o mau tempo e o frio se instalam lembrando que o Inverno veio para ficar durante uns meses... em que o Natal (mais um), se aproxima com a sua falsa magia e a hipocrísia das prendas... nestes dias em que anseio por mudança... em que desejo conhecer novos trilhos... em que o sonho deixou de começar aqui... a vontade que tenho é de pedalar até ao fim do mundo! Calçar os "clicks", mochila às costas e procurar um novo rumo, um novo single-track, uma nova paisagem...
São quase três da manhã, a noite de trabalho (mais uma), mal começou... sei que não suporto mais este sonho, estes ovos moles, nem o cheiro de uma ria que em tudo se parece com a humanidade criada e mantida por homens de h pequeno...

Há demasiada gente neste trilho... demasiadas boas intenções (daquelas que enchem o inferno)... mas certamente, no fim do mundo... não haverá assim tanta gente... tantas intenções... o caminho até lá é longo... mas enquanto chego e não chego... a gente dispersa...
Aquele abraço... o clássico!
70s
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