... heis-me chegado ao tal instante decisivo! Será este o meu momento de glória? Ou pelo contrário será este o turbilhão do turpor do meu fracasso?... contínuo confiante das minhas capacidades, consciente da minha destreza, da força das minhas convições... solto uma prece, que se junta à dos que estão no areal... vejo a imagem de "Santiago Mata-Mouros" na Catedral de Compostela... vejo a imagem do sorriso da minha Mãe... esta minha prece proferida de raiva, plena de força, plena de pulmões, tão plena como a vontade de gritar que me invade... o som nas minhas costas é o de um trovão, o de uma locomotiva que se apressa a avisar que vai passar... e passará...

O drop está feito... agora não tem retorno... o vacilo é neste momento inaceitável! Ainda seguro o trunfo na mão este ainda não é o momento... mas ele chegará... e o trunfo será jogado numa ultima jogada, numa ultima tentativa de não ser colhido pela locomotiva... restam segundos para decidir se o jogo... o tempo urge e a inércia, tal como o vacilo é no seu todo inaceitável, incompreensível.
Preparo o bottom-turn, terá que ter a precisão de um relógio suíço... terá que ter a força de uma avalanche... ainda me restam forças? Não sei! Mas sei que num momento de angústia e aperto as forças fervilham no sangue vindas dos confins do desconhecido.
Vou confiar nos rails, vou confiar no patilhão de 9 polegadas que me guiará... vou confiar!
Aquele abraço... o clássico
70s
PS: Contínua...
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