... por estes dias, a cara-metade colocou pés (ou devo dizer acelerador), ao caminho com guia de marcha forçada. Serão km e km (centenas deles), pelas estradas e terras de Portugal.

Do berço da nação ao ainda "caliente" Algarve (ou devo dizer Allgarve??), do interior à costa, do alentejo profundo aos confins das montanhas, lá andam aqueles olhos lindos e sorriso contagiante de caneta em punho e gravador digital em bolandas atrás do Secretário Geral do PCP (ou devo dizer CDU que dá mais votos), para resumir quatro ou cinco vezes por dia as palavras lançadas ao vento com promessas e ideias de ontem que se dizem hoje e se pretendem de amanhã...
A única forma de lhe deitar os olhos é ligar os canais de TV nacionais na sagrada hora dos telejornais e de forma fugaz aqui e ali ver a mãozita dela esticada e o bloco de notas num ou noutro frame televisivo.

São dias de campanha. São dias de poucas horas de sono. São dias de dormir em hotéis perdidos. São dias de atravessar vilas e cidades a pé. São dias de campanha. São dias de arruadas, de comícios, de interpelações, de reacções e contra-reacções.
Por mim, que mantenho amarras por casa, às voltas com propostas e acompanhamento de orçamentos, sonhando com mais e mais eventos, o que mais me custa é ver chegar o final do dia e saber que ela não regressa nessa noite, nem na seguinte, nem na outra... foi assim nas europeias, é assim nas legislativas e será assim nas autárquicas.
2009 avança marcado pelos três actos eleitorais, pelo nascimento de alguns filhotes de amigos, por outros tantos casamentos (entre eles o nosso), por dias de calor sufocante, por falta de ondas, por alegrias e problemas do dia-a-dia...

Por estes dias... é duro ser-se jornalista... mas no final, quando o regresso a casa for definitivo com o cair da luz do tarde, e depois da adjudicação de algumas propostas haverá tempo (como sempre há), para um sorriso, uma gesto meigo, um cruzar de olhos e um abraço longo... porque a vida vai-se construíndo e como diz o meu Pai, "não se vive toda de uma vez!"...
Aquele abraço... o clássico.
70s
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