Não vejo hora de trocar o 3'2' pelos shorts e sentir a água fria e limpa na pele, nas tatuagens... aquele sabor a sal nos lábios. E sempre! Sempre os olhos semi-cerrados a enfrentar a luz. Ficar ali... simplesmente ali. As gaivotas que cobrem a linha do horizonte no seu voo raso. A ondulação que se consegue acariciar. As gargalhadas e sorrisos dos que nos rodeiam. As trocas de pés que se nos dirigem quando remamos para fora. Mas um cutback. Mais um bottom em busca da felicidade. Uma vibe quente na voz de Marley que invade os nossos sentidos saída das colunas do bar de madeira lá no alto da duna. E sempre os olhos semi-cerrados pela luz até lhe voltarmos costas. É então a minha vez de trocar os pés, de ver alguém passar por mim a remar, de ver e ouvir os sorrisos e gargalhadas dos que me rodeiam, de fazer mais um bottom na busca pela felicidade... e quando essa pequena ondolução perde o seu fulgor e se entrega ao areal duro da maré vazia em forma de uma breve espuma chega a felicidade... chega devagar num sorriso e olhar da mulher que amo. No gesto de adeus e esvoaçar do cabelo batido pelo vento... no estender da mão que procura a minha mão... é hora.
Marley contínua na sua vibe... o areal contínua duro... a ondulação contínua a fazer sorrir que fica... e sempre com os olhos semi-cerrados pela luz... troca-se o sal de uma onda pelo doce de um beijo.
Aquele...
70s.
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