É ténue a linha que separa a vida da morte! Ténue! Ténue como adormecer e não voltar a acordar. Ténue como o a brisa que passa nas folhas de um catavento e que nos embala a face. É ténue essa linha! A morte chega do mesmo modo... como uma brisa... ténue... devagar. Chega como essa brisa e fica apenas um momento, como o vento nas folhas de um catavento. A morte chega e parte... suave... leve... como vento.
A morte chegou ontem, uma vez mais ao quintal de alguém... entre o vento que passa no catavento do quintal... devagar... passou... embalou e colheu uma vida... como quem colhe uma flor. Nunca se está preparado para enfrentar essa brisa que chega de algum lado, sem se saber de onde... essa brisa que passa, que fica apenas um instante e parte de seguida... como a brisa que chega ao meu quintal, que faz rolar as folhas do meu catavento e depois parte...
Partem sempre... sempre! A brisa! E a morte! Só o catavento se fica!
Querida Deolinda, um enorme beijo nesta hora de brisas.
Alex.
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