Diz o ditado que "não há fome que não dê em fartura"!...
... um ditado tantas vezes proferido por tantas e tantas razões, tantos e tão distintos motivos. A origem do ditado desconheço! Mas conheço bem o seu significado!... e novamente aqui estou! Estou perante a fartura que resulta da fome!
Dei por mim num passeio muito recente entre duas pedaladas, enquanto os ventos fortes me açoitavam e a chuva que teimava em tudo inundar, a tentar perceber porque motivo a vida nos faz passar fome, tanta e tão negra! Essa fome dura e seca que dá um nó no estômago. Que faz a cabeça doer! Que queima minutos preciosos! Que tolda o pensamento e nos impede de ver de forma clara...!
Durante semanas pensei! Revi pensamentos! Fui estratega! Fui peão! Fui planeador! Fui tudo e mais um par de botas!... fui tudo, mas passei fome! Doeu-me o estômago! Tive os nós por desatar!... mais duas pedaladas... mais chuva! Mais vento! Mais pensamentos!
Agora... e como não podia deixar de ser... chega a fartura da fome! E a pergunta de sempre, "tudo ao mesmo tempo? Porquê?" Bom... porque sim! Porque depois na fome acaba sempre por nascer a fartura!
Cabe-me agora, escolher o que desgutar! Devagar! Apreciar cada aroma! Suster cada paladar!... e o Outono até ajuda, com esta chuva... nada como comer devagar!
Aquele Abraço... o Clássico!
70s
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