A "pequena pessoa" como lhe costumamos chamar chegava depois de se anunciar durante algumas horas. 2.485gr e 45,5cm de ser humano. Olhos grandes rasgados. Lábios grossos e jeito desengonçado.
Recordo esse dia como "aquele domingo em que saímos de casa no formato 2+1 e em que regressei sozinho". Uns dias mais tarde regressaríamos a 3.
Agora quase 365 dias depois... A pequena pessoa mostra os seus 4 quase 5 dentinhos quando brinca ao "burrinho velho". Gatinha que nem um comboio. Passa horas a levantar-se e a sentar-se. Mostra o seu temperamento quando é contrariada. Os olhos continuam rasgados num forte azul mar que a minha mãe diz ser o mesmo do meu avô "corvo". Bate palmas! Gesticula! Levanta o indicador como a mãe! Faz gracinhas e ri-se o tempo todo! Come tudo o que se lhe coloca na colher!
Continuo a não encontrar um adjectivo que explique a sensação daquele momento em que lhe peguei pela primeira vez. Aliás não encontro adjectivos para muitos momentos que vivo com ela.
Já lá vão quase 365 dias... Muitos outros se seguirão... E cada um que passa é uma aprendizagem, um ensinamento.
Ser Pai... Não se consegue adjectivar.
Aquele abraço... O clássico
70s
Sem comentários:
Enviar um comentário