10 de setembro de 2013

Baralhar e voltar a dar...

Em tempos idos, muito idos, um já de si também ido amigo espanhol de um tio meu disse "las cosas se piensan, piensan, piensan, se hacen e no se piensan más!". Sábias palavras. 

Pequeno, imberbe e inocente na altura não poderia ter a mínima noção da profundidade destas palavras. Anos volvidos e num passado tão recente que não posso ainda considerar como passado heis que me deparei com um desses momentos na vida em que "las cosas se piensan, piensan, piensan, piensan"... E caramba, se pensei, pensei e repensei, uma e outra e outra e outra vez. Sem parar. Dias a fio, minuto a minuto, hora a hora. Aquela ideia fixa totalmente agrafada à nuca. Sem piedade. Sem dó. Noites de insónia! Dias de revolução! Tudo sem sair de dentro da minha própria cabeça.

Mas tanto pensar só pode ter um desfecho. Uma solução! Uma decisão! 

Baralhei o deck de pensamentos! Bem baralhado para separar os ases e as manilhas! Tudo muito bem remexido, vezes sem conta, ao jeito de um jogador profissional. E dei...

A mão que tenho não é de ases, mas pode ser que com um pouco de sorte e muito trabalho dê para arrecadar o pote que está no centro da mesa.

Trocando por duques... Chutei tudo para o alto depois de tudo bem remexido na bimby cerebral. E joguei. Agora jogo todos os dias. Uma mão de cada vez. Independente! Por mim e para mim!

"Las cosas se piensan, piensan, piensan, se hacen e no se piensan más!" E caramba, diabos me levem se não fiz a escolha certa. Mas enquanto o sucesso pleno chega e não chega posso ir dizendo que agora "no pienso más!" Estoy hacendó!" e é bom!

Aquele abraço.
O clássico.
70s.

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