Dia 2

Dia 2.

O dia começou bem cedo. Esperavam-no mais de 80 km, marcados no guia, entre Santarém e Alvaiázere.
Às 08:45, o Alexandre estava a sair da cidade de Santarém pela porta de Santiago!



Cerca de uma hora mais tarde, um momento zen nas vinhas entre Santarém e Vale Figueira. "Nada! Ninguém! Só a companhia das flores, dos pássaros e do vento".

O vento que continua a soprar com intensidade de Norte voltou hoje a dificultar as pedaladas. Era quase meio-dia quando o Alexandre atingiu a Golegã, a 30 km de distância de Santarém. Ainda faltavam mais de 50 km para o destino da etapa de hoje.

Às 15h, nova mensagem, já em Tomar. "O vento mata. Não sei como vou chegar a Alvaiázere". Ainda faltavam, segundo os guias, 32 km. Altura de tomar uma decisão: abandonar os campos e seguir viagem pela estrada nacional, para tentar chegar ao destino antes que caia a noite.

Assim foi. Pelas 18h, o Alexandre estava em Alvaiázere, onde chegou exausto e com uma constatação: percorreu hoje, ao todo, 97 km, mais 15 do que os guias indicavam. É frequente percebermos falhas nas marcações ao longo do Caminho, e desta vez ele leva também essa missão: anotar o que está errado e os locais onde não existem setas amarelas, para depois se corrigir.

Na igreja de Alvaiázere, "muito simples e bonita", duas senhoras demoveram-no da ideia de pernoitar na pensão que ele tinha marcado, com o argumento de que o sítio tinha pulgas (!) e que o dono era um "oportunista", e indicaram-lhe antes o quartel dos bombeiros.

Foi para lá que ele se dirigiu, e onde lhe deram um quarto e a oportunidade de jantar com os bombeiros de serviço. Será certamente uma noite diferente...

Distância do dia: 97 km.

Tempo de pedal: 7h20.

Momento do dia: as vinhas à saída de Santarém.

Balanço: Dia muito duro por causa do vento norte frontal.