13 de abril de 2010

Jacobeu 2010 - o dia 2

(Saída de Villafranca del Bierzo)

Abandonamos VillaFranca del Bierzo pela ponte medieval junto ao monumento do Peregrino... chove! Claro! Iria chover todo o dia... e noite seguinte!....

(The yellow brick road - a dita berma durante todo o dia)

Um dia cinzento com um percurso totalmente asfaltado e muita chuva durante todo o dia. Nada poderia ser mais afastado do conceito de Caminho de Santiago... Um dia frio, num caminho frio, em que a berma da estrada é a única opção para caminhar. Salva-se a sandocha de queijo e ervas c/tomate maravilhosa comprada na lojinha do Albergue de Trabadelo.

(a tal sandocha)

Aparece-me a 1ª bolha de todos os caminhos que fez. E num sítio paticularmente doloroso, na base do dedo mindinho do pé direito. Nada mais estupido... mas que faz todo o sentido neste dia totalmente "burro-tonto". O alcatrão tem destas partidas...

(Na Portela de Valcarce)

Eu sei que é caminho, mas podendo ser uma blasfemia este ... é frio, feio, asfalto e mais asfalto, camiões e mais camiões, ruido ensurdecedor, e sempre sempre aquele frio e vento forte frontal que nos corta o passo.

(Na Portela de Valcarce)

Finalmente e depois de um dia inteiro de berma de estrada chegamos a Ruitelan... e ao Pequeno Potala. Este albergue tem regras próprias. Não pretende ser um local lucrativo, ninguém pode fazer barulho depois das 22h30,  nem antes das 7h. O despertar é ao som de Ave-Maria. A equipa que o gere é de uma amabilidade incrível, e que compensa os longos 20km asfaltados do dia com amizade, boa comida e bom ambiente.

(Chegada a Ruitelan - Chovia... claro!)

Esperamos e imaginamos agora a tão falada ao alto do Cebreiro (1250m), que abre passagem depois ao Alto do Poio (1300m) e Alto de São Roque (1350m)... a neve está aí... aqui em Ruitelan chove desalmadamente... mas sabemos que para amanhã nos espera um dia muito duro...

(A amizade e alegria no Pequeno Potala)

O Artur ressona... e apesar de o empurrarmos, não evita a noite mal dormida... daqui pouco chegará a Ave-Maria no despertar.

Aquele Abraço... o Clássico
70s

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