6 de maio de 2011

"Que é já tempo de embalar a trouxa e zarpar…"


“Que é já tempo de embalar a trouxa e zarpar…” diz a canção! Será? Será tempo de zarpar! Que nos espera neste Portugalinho de hoje. Que mais nos reserva este pedacito de terra que foi dono de meio mundo. Cuja língua está tão espalhada pelos cantos do mundo (que não os tem, é redonda!). Que nos reserva este cantinho da Europa que não progride, não avança, não passa da 2ª velocidade (e categoria entenda-se!), que parece éter estagnado no tempo.

Não sou de Abril, sou fruto de Abril! Não fiz a revolução! Sou filho da Revolução! Mas tenho o direito de me indignar! De me indignar por ver o esforço que de forma continuada me é pedido. A mim e a milhares de outros!

Este cantinho (parafraseando Os Gatos), de “bandos de chupistas” na sua postura de umbigo centralizado e bolso sem fundo. De interesses e politiquices! De jeitinhos e jeitosos! De oportunidades, mas só para oportunistas! De solidariedade, mas só nos lobbies!

Que nos reserva este Portugalinho, onde nem os “chegados de leste” já se safam? Onde quem ainda vai tendo, percebe que o “tendo” é na verdade menos do que realmente tem! Em que o fim do mês está tão longe como a Austrália, e as obrigações financeiras estão tão perto como a ponta do nariz.

Um país “destroikado”, entregue a meia-dúzia de “destrokados, deskontrolados”, engenheiros, doutores e economistas de Domingo, que rumam ao futuro nos seus carros gama alta e de última geração, com despesas pagas e acumuláveis em despesas de representação, em que os licenciados alinham em caixas de saída dos hipers, em que os semi-licenciados nem ns hipers vão alinhar, em que a vida é uma luta, pá… e a luta neste caso, não é alegria.

Será este o tempo de embalar a trouxa? “Indignai-vos!”, diz Stéphane Hessel, de 93 anos no Jornal de Negócios de hoje. Estou indignado…! Pronto! Mas terei resolvido alguma coisa? E o meu voto daqui a 30 dias, irá indignar alguém? Resolver alguma coisa! Sim, resolve a minha necessidade de afirmar que este País, “afinal não é para jovens!”… e consolida a ideia que os milhões do F’omos M’esmo I’diotas, são tapa-buracos (daquele bem baratinho que descasca da parede ao fim de 6 meses), para adiar o que não deve nem não pode ser adiado!...

Que mais nos reserva este Portugalinho! Não sei! Mas se calhar só Deus sabe quem ficar por cá vai descobrir… serei um deles certamente, mas para quem pode… e quiser… “não me obriguem a vir para rua gritar! Que é já tempo de embalar a trouxa e zarpar!... afinal, somos ou não um país de descobrimentos… e na fumaça “o povo é sereno”… não tão sereno que não possa dizer “para Angola (ou qualquer outro destino, acrescento eu)! Agora e em força!”

Aquele abraço… o clássico.

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