8 de abril de 2011

O melhor da ausência!


… ausência!... de ruído, de horários, de preocupações, de stress, de multidões, de prazos, de folhas de cálculo… 

… ausência!... apenas!

Aqui… nestes trilhos… onde o vento é rei e senhor. Onde os ribeiros te cruzam o passo! Onde as árvores são a única sombra! Onde os campos são o teu horizonte! Onde o silêncio é o teu melhor amigo! Onde os pensamentos são a tua companhia! Onde tu és tu e só de ti depende avançar!...

(Sé de Lisboa... A primeira seta)

Aqui…. Nestes trilhos onde a alergia se define pela certeza de mais um km passado. Onde o sorriso é o fruto doce que mata a sede. Onde o bater do coração é movido pela vontade. Onde a o pouco que tens é tudo… e tudo o que tens cabe numa mochila… a mesma mochila que te carrega os ombros e que te verga a espinha… essa mesma mochila que no final do dia continua a conter tudo o que é teu… o teu mundo, os teus sonhos, o teu conforto!

Nesses trilhos para onde em breve vou regressar… onde o pó é fino e se entranha até ao sangue. Onde as gentes são mais meigas e te saúdam na passagem. Onde o país real te recebe com um “Bom Caminho”, um aceno e uma malga de água da fonte.

Nesses trilhos onde a tecnologia é nada e a sabedoria dos mais antigos é tudo! Onde o mundo virtual não existe nem é conhecido. Onde o futuro é o presente, igual e repetido nas rotinas de todos os futuros. Onde o passado se fala com um “naquele tempo”. Onde as raízes das árvores são mais sólidas.

Nesses trilhos onde gosto de me perder! De me deixar levar! Onde a toda a informação do mundo se resume a uma seta amarela! Onde a vida é tão mais simples!

Nestes trilhos a ausência é nada! E nada te faz sentir ausente, porque os trilhos são o teu mundo e o teu mundo é simples… é para lá que vou… é para lá que quero ir…

Já falta pouco!
Aquele Abraço… o clássico.
70s

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