10 de junho de 2011

Lá diz o ditado...

Lá diz o ditado… “quem casa quer casa”… a opção para nós foi alugar! Não sendo nossa na sua essência, não deixa de ser a nossa casa… não sendo o nosso espaço, e relembrando uma figura do passado, a na verdade “seja lá onde for, da porta para dentro este é o meu mundo”.


Sempre defendi a mobilidade da mudança. “Um dia” – dizia eu –“ quando me fartar deste sítio posso sempre mudar-me para qualquer lado”. O contra-ponto dos que me rodeavam era sempre “mas estás a pagar uma coisa que nunca será tua!”…

O natural é o ser humano, cada um de nós, evoluir… evoluir, mudar de opinião, mudar de ideia… e deixar que nenhuma verdade absoluta o seja na verdade.

Hoje penso diferente… fruto das lições da vida. E a decisão que melhor se enquadra na minha cabeça neste momento da minha vida é… quero uma casa minha. Em contra-ciclo. Quando todos procuravam a compra eu arrendei. Quando neste momento todos procuram o arrendamento eu optei pela compra.

O negócio está feito… a compra está assegurada. Em contra-ciclo económico, mas em ciclo perfeito na minha/nossa cabeça. Comprámos casa. O nosso “mundo da porta para dentro”.

Mas há algo mais envolvido… algo que numa primeira abordagem não seria de considerar. O valor da amizade. E o valor do amor! Este projecto surge sustentado pelos pilares da amizade e do amor. A amizade de um amigo que “ralou” muito para que a concretização de um empréstimo e o amor dos pais que querem sempre o melhor para os filhos.

Hoje… posso encher a boca para dizer “tenho uma casa”, na verdade não tenho. O que tenho é uma obrigação para 40 anos. Uma dívida a longo prazo. Um “cinto” que irá regular todos os passos. Mas por outro lado sinto-me preparado para isso. É um cinto que quero usar. Uma gravata que coloco com gosto. Isto quando todos se tentam desapertar… desgravatar…

As obras vão começar… as mudanças serão o capítulo seguinte… e na cabeça já surgem as primeiras imagens e ideias para o dia-a-dia do futuro. A idas e regressos para o trabalho, a qualidade de vida aos fins-de-semana, as summer sessions de fim de dia regadas com alegria, jolas e petiscos entre amigos, os almoços de natal em família, e claro… as manhãs de caminhada a pé para a praia ali tão próxima…

Quem casa quer casa… talvez um pouco demorado no tempo… mas dois anos depois de casar… quisemos a casa… e ela chegou… com a amizade de um bom amigo e o amor dos pais.

Haja saúde… haja trabalho… haja felicidade e sorte nesta nova etapa.

Aquele Abraço.
70s

1 comentário:

vera white disse...

os vizinhos...esses...os amigos...estão à vossa espera de braços abertos